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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A ignorância do Futuro

RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO INVENÇÃO DO CONTEMPORÂNEO


          Essa ignorância se faz presente quando algumas nações dão pouca atenção ao protocolo de Kyoto. As mudanças climáticas não são mais simples diagnósticos, elas já estão acontecendo em nossa volta. A temperatura da terra já subiu 0,8°C por conta desse descaso, se a emissão de gases continuarem subindo neste ritmo, ainda neste século irá subir entre 1,5°C a 5,8°C, o nível dos oceanos subirá 8cm a 88cm atingindo cerca de 40% da população costeira e ainda algumas ilhas desaparecerão.

          O vídeo apresentado se baseia em dados mundiais, principalmente dados econômicos relativos a uma década apenas. Vejamos alguns.

• 691 bilhões de dólares de prejuízos;

• 2,5 bilhões de pessoas foram atingidas;

• 673 mil mortes em todo o mundo;

• 50% de aumento das velocidades dos ventos nos furacões;

• Aumento da incidência de furacões;

• 30 mil mortos por calor;

• 200 trilhões de dólares, essa é a estimativa de prejuízos com desastres naturais até 2050, isso representa hoje cerca de 6 vezes o Produto Bruto Mundial;

• Em 2004 é registrado pela primeira vez um furacão no Brasil.

          Precisamos lutar para que o termo Desenvolvimento Sustentável não vire só mais um modismo, podemos crescer, mas não necessariamente em grandes velocidades, haja vista que o mundo já consome 20% além da sua capacidade de reposição da biosfera.

          A conseqüência disto é a desertificação, perda de florestas, escassez de água, falta de saneamento básico, mais de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, quase metade do mundo vive abaixo da linha da pobreza. Se toda essa gente se alimentasse como merecem e deveriam seria necessários outros 4 planetas.

          Há uma preocupação com os países industrializados que não estão conseguindo atingir suas metas, fora os países que não assinaram o protocolo de Kyoto, sem contar que ainda não existe um acordo para depois de 2012.

          O Brasil contribui negativamente com mais ou menos 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano e por ser considerado baixo não tem compromisso de redução de emissões. A sua matriz energética é razoavelmente limpa e a indústria participa com 25% de emissões de carbono por ano, o desmatamento e as queimadas com 3/4, o arroto e a flatulência dos gados representam 1/3, cada boi produz cerca de 50 kg de metano por ano.

          Os EUA apostam em esconder o lixo embaixo do tapete, para isso seria só canalizar toda a poluição para o fundo do mar, ocupando os espaços vazios deixados pela exploração de petróleo, e as futuras gerações cuidariam disso provavelmente com o uso de tecnologias avançadas.

          Hoje o Brasil não possui uma estratégia definida e viável para o seu problema, se for assumir terá que colocar a sustentabilidade no inicio e no centro das decisões, avaliando o custo e decidindo quem vai arcar com os custos. Precisa também rever o modelo exportador, hoje o Brasil exporta matéria prima, porém não tem controle sobre seus valores, do mesmo modo importa produtos e também não tem controle sobre seus valores. O resultado disso é que não temos nenhum setor competitivo tipo exportação, os motivos são falta de tecnologias, falta de competitividades, e para compensar isso sobrecarregamos os recursos naturais, sem compensação financeira e reduzimos a mão de obra, o que acarreta a desqualificação tecnológica.

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