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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Arte da Guerra - Sun Tzu

"Finja inferioridade e encoraje a arrogância do inimigo".


A fragilidade enganosa

      Ao fim da dinastia de Ch’in, Mo Tun, o general dos Hsiung Nu, primeiro estabeleceu seu poder.
      O vizinho Hu Oriental era forte e enviou-lhe embaixadores para negociar. “ Desejamos obter o cavalo de mil li (cada li equivale a aproximadamente 600 metros). Esse garanhão seria de T’ ou Ma”, disseram os emissários.
     Mo Tun consultou seus conselheiros, que exclamaram: “O cavalo que percorre mil li! A coisa mais preciosa no país! Não o dê a eles!” Mo Tun respondeu: “Por que negar um cavalo a um vizinho?” Assim, entregou o cavalo.
      Pouco tempo depois, o Hu Oriental mandou outro mensageiro: “Desejamos uma das princesas do Khan”. Mo Tun pediu conselho a seus ministros que, irados reagiram: “O Hu Oriental é injusto! Agora pedi uma princesa! Imploramos que os ataque!” Mo Tun ponderou: “Como negar uma mulher jovem a um vizinho?” Então, enviou-lhes a princesa.
      Mas não tardou que outro emissário do Hu Oriental retornasse: “Vocês têm mil li de terra sem uso e nós os queremos”. Como de costume, Mo Tun consultou seus conselheiros, e entre eles houve quem achasse razoável ceder a terra, outros não. Indignado, Mo Tun sentenciou: “Terra é a fundação do Estado. Como alguém poderia dá-la? Todos aqueles que o aconselharam a fazê-lo serão decapitados”. E assim ocorreu.
      Em seguida, Mo Tun montou em seu cavalo e, com seu exército, fez um ataque surpresa e esmagador ao Hu Oriental, aniquilando o vizinho que o achava desprezível e estava despreparado.
      Depois, voltou-se para o oeste e atacou Yueh Ti. Ao sul, anexou Lou Fan... E ainda invadiu Yen. Dessa forma, recuperou totalmente, dos Hsiung Nu, as terras ancestrais, conquistadas anteriormente pelo general de Ch’in, Meng T’ien.

sábado, 27 de novembro de 2010

II FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE VIOLÊNCIA URBANA E SEGURANÇA CIDADÃ

Olá amigos,
no dia 25 de novembro de 2010 participei deste fórum que aconteceu no CIC - Centro Industrial do Ceará.
A abertura do evento foi feita pela presidente do CIC, Srª Roseane Oliveira.
Em seguida tivemos a palestra do Oficial da Polícia Militar do Ceará e Especialista em Segurança Cidadã Plauto de Lima, com o tema "Violência Urbana - uma questão de segurança pública e/ou política social?

Em seguida um painel, com o expositor Sr. Hugo Acero, Sociólogo e ex-Secretário de Segurança e Convivência da Prefeitura de Bogotá (Colômbia), que mostrou as experiências exitosas de segurança cidadã na América Latina.

Um segundo painel foi mostrado pelo expositor Sr. Jorge Laffitte, Diretor Regional para América Latina e Caribe da Empresa Americana American Friends Service Committe - AFSC.

Teve ainda trabalhos em grupos com temas e áreas específicas e terminou com a definição e formalização do grupo responsável pela sistematização e consolidação do conteúdo da Agenda Pendente em Segurança Cidadã do Ceará.

domingo, 24 de outubro de 2010

Poesia

HERANÇA



Da avó materna:

uma toalha (de batismo).

Do pai:

um martelo

um alicate

uma torquês

duas flautas.

Da mãe:

um pilão

um caldeirão

um lenço.

               Orides Fontela

sábado, 4 de setembro de 2010

Email recebido sobre o roubo de ovos de tartarugas pelo MST.

VEJAM O QUE ACONTECE NA MARGEM ESQUERDA DO RIO SOLIMÕES A BEIRA DE UM ASSENTAMENTO DO MST.



ESTA DEVE SER A IDEIA DE PRODUTIVIDADE DO "MOVIMENTO."

AS TARTARUGAS PRODUZEM, ELES ROUBAM E VENDEM OS OVOS.

MAIS UM POUCO, ADEUS TARTARUGAS!










ROUBAM OS OVOS DAS TARTARUGAS, PARA VENDER.


POR FAVOR

REPASSEM ESTA MENSAGEM SEM MODERAÇÃO, O PLANETA AGRADECE.


         Fiquei chocado com as imagens, como pode alguém cometer um crime desse contra as indefesas tartarugas. Porém, como todo email sensacionalista que recebo, principalmente em ano eleitoral, fui atrás da verdade.
         Primeiro desconfiei das imagens, Rio Solimões com ondas? Maresia? Só pode ser mentira!
         Mas infelizmente isso é verdade, só que acontece na COSTA RICA, em uma praia chamada OSTIONAL.
         Eis o que encontrei.
         Entre os meses de setembro e novembro, aproximadamente 100 mil  tartarugas-fêmeas avançam cerca de 50 metros pela praia, fazem um ninho e depositam uma média de cem ovos cada uma, isto significa a postura de 10 milhões de ovos num único dia!
         Como pode ser observado nas imagens, a praia de Ostional é muito estreita. O que acontece é que as tartarugas ao deixarem seus ninhos e voltarem para o mar, outras virão e ao cavarem um novo ninho, acabarão destruindo os que já existem, estes por sua vez serão contaminados pelas bactérias dos que apodrecerão. Por conta disso foi feito um projeto onde a população local ajuda no recolhimento desses ovos antes que fossem destruídos e ainda ganham dinheiro.
         Porém, embora proibido e principalmente a falta de fiscalização, muitos desses ovos servirão de alimentação para a população pobre ou serão vendidos para restaurantes que atendem turistas.
         Independentemente de ser na Costa Rica ou vizinho a um assentamento do MST no Brasil, aprendemos que o resultado desse crime ambiental futuramente afetará todo o planeta terra.

Fontes de consultas acessadas em 04/09/2010
http://ostionalcr.tripod.com/info/pdf/ostional.pdf
http://ostionalcr.tripod.com/espanol/index.html
http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/425/artigo72584-1.htm
 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

EMENTA DA DISCIPLINA DE SEGURANÇA DO MEIO AMBIENTE - 45 h/a

Noções fundamentais de ecologia. A crise ambiental. A produção humana de energia como processo na biosfera. A poluição ambiental. O desenvolvimento sustentável. Sistema de gestão ambiental (SGA). Meio ambiente-legislação. Recursos florestais. Poluição.



CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE ECOLOGIA

Identificar dentre os níveis biológicos de organização, os fundamentais para ecologia.

A dinâmica das populações;

Comunidades;

Ecossistemas;

Biosfera.

A CRISE AMBIENTAL

Analisar a relação entre os principais componentes da crise ambiental

População;

Recursos naturais;

Poluição.


A ENERGIA E O MEIO AMBIENTE

Caracterizar as fontes de energia presentes no meio ambiente


Fontes de energia;

Histórico da crise energética;

A eficiência do aproveitamento energético;

Perspectivas futuras.



A POLUIÇÃO AMBIENTAL

Analisar a poluição da água, do solo e do ar, identificando as medidas de controle existentes, a partir de suas respectivas características.

- O meio aquático;

- O meio terrestre;

- O meio atmosférico

- Preocupações ambientais: as questões globais do meio ambiente, o Brasil e os temas Ambientais.



O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Explicitar a fundamentação básica do desenvolvimento sustentável, conhecendo os conceitos e diretrizes do sistema de gestão ambiental (SGA) de acordo com ISSO 14000.

- Aspectos básicos;

- Aspectos legais e institucionais;

- Desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável;

- Conceituação e Diretrizes do SGA.



MEIO AMBIENTE-LEGISLAÇÃO.

Legislação


RECURSOS FLORESTAIS.

 Quais são as Formas de vegetação consideradas de preservação permanente?

 De que forma, em cada uma delas, se pode utilizar os recursos naturais existentes de acordo com as Normas Legais em vigor?

 Antes de se realizar queimadas quais procedimentos legais a serem adotados?

 Quais os cuidados que se deve ter no campo a ser queimado para que o fogo não se expanda além do local pretendido?



POLUIÇÃO.

Poluição Atmosférica;

Poluição Hídrica;

Poluição Sonora e Visual;

Poluição Atômica;

Poluição Terrestre.



DAS ATRIBUIÇÕES E COMPETENCIAS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS, POLICIAIS E MINISTERIAIS.

Juiz;

Ministério Público;

Autoridade Policial;

Da Legislação Ambiental;

Órgãos Envolvidos.



Bibliografia Básica

  • ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIZAWA, Takeshy; DE CARVALHO, Ana Barreiros. Gestão Ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002.
  • ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIZAWA, Takeshy; DE CARVALHO, Ana Barreiros. Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. 2. Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002.

  • BRAGA, Benedito et al. Introdução a engenharia ambiental. 2 ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2005.
  • BRASIL. Ministério do meio ambiente. Educação ambiental: curso básico á distancia: questões ambientais: conceitos, história, problema e alternativas. Brasilia, 2001.
  • DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2. Ed São Paulo: Atlas, 1999.
  • MOTA, Suetônio. Introdução a engenharia ambiental. 2. Ed. Amp. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2000.
  • ANTUNES, Paulo de Bessa. Curso de Direito Ambiental. Rio de Janeiro, Ed. Renovar, 1990.
  • BRASIL, Constituição da Republica Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988. São Paulo: Fisco e contribuinte, 1988. 135 p.
  • CORDEIRO, Antônio José e outros. Guia prático de direito ambiental. Rio de Janeiro, Forense, 1992.

Bibliografia complementar

  • BRANCO, Samuel Murgel. Elementos de ciências do ambiente. Colaboradores de Aristides Almeida Rocha. 2 ed. São Paulo: Companhia de Tecnologia de Saneamentos Ambiental, 1987.
  • FREITAS, Vladimir Passos. Direito Administrativo e Meio Ambiente. Curitiba, Jurá Editora, 1993

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A ignorância do Futuro

RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO INVENÇÃO DO CONTEMPORÂNEO


          Essa ignorância se faz presente quando algumas nações dão pouca atenção ao protocolo de Kyoto. As mudanças climáticas não são mais simples diagnósticos, elas já estão acontecendo em nossa volta. A temperatura da terra já subiu 0,8°C por conta desse descaso, se a emissão de gases continuarem subindo neste ritmo, ainda neste século irá subir entre 1,5°C a 5,8°C, o nível dos oceanos subirá 8cm a 88cm atingindo cerca de 40% da população costeira e ainda algumas ilhas desaparecerão.

          O vídeo apresentado se baseia em dados mundiais, principalmente dados econômicos relativos a uma década apenas. Vejamos alguns.

• 691 bilhões de dólares de prejuízos;

• 2,5 bilhões de pessoas foram atingidas;

• 673 mil mortes em todo o mundo;

• 50% de aumento das velocidades dos ventos nos furacões;

• Aumento da incidência de furacões;

• 30 mil mortos por calor;

• 200 trilhões de dólares, essa é a estimativa de prejuízos com desastres naturais até 2050, isso representa hoje cerca de 6 vezes o Produto Bruto Mundial;

• Em 2004 é registrado pela primeira vez um furacão no Brasil.

          Precisamos lutar para que o termo Desenvolvimento Sustentável não vire só mais um modismo, podemos crescer, mas não necessariamente em grandes velocidades, haja vista que o mundo já consome 20% além da sua capacidade de reposição da biosfera.

          A conseqüência disto é a desertificação, perda de florestas, escassez de água, falta de saneamento básico, mais de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, quase metade do mundo vive abaixo da linha da pobreza. Se toda essa gente se alimentasse como merecem e deveriam seria necessários outros 4 planetas.

          Há uma preocupação com os países industrializados que não estão conseguindo atingir suas metas, fora os países que não assinaram o protocolo de Kyoto, sem contar que ainda não existe um acordo para depois de 2012.

          O Brasil contribui negativamente com mais ou menos 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano e por ser considerado baixo não tem compromisso de redução de emissões. A sua matriz energética é razoavelmente limpa e a indústria participa com 25% de emissões de carbono por ano, o desmatamento e as queimadas com 3/4, o arroto e a flatulência dos gados representam 1/3, cada boi produz cerca de 50 kg de metano por ano.

          Os EUA apostam em esconder o lixo embaixo do tapete, para isso seria só canalizar toda a poluição para o fundo do mar, ocupando os espaços vazios deixados pela exploração de petróleo, e as futuras gerações cuidariam disso provavelmente com o uso de tecnologias avançadas.

          Hoje o Brasil não possui uma estratégia definida e viável para o seu problema, se for assumir terá que colocar a sustentabilidade no inicio e no centro das decisões, avaliando o custo e decidindo quem vai arcar com os custos. Precisa também rever o modelo exportador, hoje o Brasil exporta matéria prima, porém não tem controle sobre seus valores, do mesmo modo importa produtos e também não tem controle sobre seus valores. O resultado disso é que não temos nenhum setor competitivo tipo exportação, os motivos são falta de tecnologias, falta de competitividades, e para compensar isso sobrecarregamos os recursos naturais, sem compensação financeira e reduzimos a mão de obra, o que acarreta a desqualificação tecnológica.

Protocolo de Kyoto

RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO INVENÇÃO DO CONTEMPORÂNEO


          Neste vídeo é exibido uma palestra da geógrafa Branca Bastos Americano e do economista e professor americano Warwick McKibbin.

          Fica evidente a diferença de pensamentos entre ambos, propositadamente foram colocados de um lado a geógrafa pensando no planeta sustentável e explicando o que é o Protocolo de Kyoto e qual a importância nas discussões sobre o controle das emissões dos gases que provocam o efeito estufa e o economista americano Warwick McKibbin, que não poderia ser diferente, faz duras críticas ao protocolo e acredita que haverá grandes perdas no Produto Interno Bruto dos países se as decisões de Kyoto forem seguidas à risca. Por isso os EUA não quiseram assinar, o que inviabilizará o projeto. Propõe ainda adaptações ao protocolo de Kyoto baseados em estudos da chamada "Alternativa McKibbin-Wilcoxen" onde destaca incentivar o uso de novas tecnologias, gerenciar as demandas de energia e criar mercados locais em substituição ao mercado globalizado que temos atualmente.

          Segundo os protagonistas do vídeo, já na década de 50 havia uma preocupação com as emissões de CO2, porém apenas com os especialistas da área e foi a partir da década de 70 que os cientistas em geral passaram a discutir com mais ênfase o assunto e a externar suas conclusões.

          Como o protocolo de Kyoto discerne sobre o aquecimento global, ele é um grande avanço para o meio ambiente, pois serviu para que as nações começassem a pensar no assunto e a tomar atitudes positivas pensando no futuro do planeta. Ele lança sugestões para reduzir o aquecimento global através da mobilização do mundo, mudanças de padrões, a estabilização do aumento do CO2, entre outras mais. O tempo para pôr em prática um projeto desses é muito demorado, por exemplo, o protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, mas só em 2005 entrou em operacionalidade. Sem esquecer que a convenção sobre o clima foi assinado em 1992. Já nesta convenção foram discutidos os princípios das responsabilidades comuns e as diferenciadas o qual o mundo é dividido em dois grupos; os países do anexo 1, leia-se industrializados e os países não anexos 1, os em desenvolvimentos. Foram estabelecidas metas para a redução de CO2 em 5,2% para os países do anexo 1 entre 2008 e 2012 e que se essa redução não for possível no país poluidor, essa redução poderá ser feita em qualquer país, desde que financiada pelo país poluidor.

          Os países do não-anexo 1, embora não tenham contribuídos tanto para essa poluição, também terão suas responsabilidades, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que são projetos que ajudarão esses países a atingir um desenvolvimento sustentável onde cada país definirá esses projetos. Também teremos dois tipos de projetos, os projetos normais e os projetos de pequena escala, neste embora quantitativamente não vá mudar o mundo, em escala local será muito útil para a população de baixa renda, por isso dispensará muitos critérios burocráticos. Enquanto naquele, por atingir todo o mundo deverá ser criteriosamente avaliado e discutido.

          No MDL os projetos que reduzir as emissões poluentes geram Reduções Certificadas de Carbono (RCE), popularmente chamada de crédito de Carbono. Esses créditos poderão ser comprados pelos países desenvolvidos que não atingiram suas metas.

          Quanto as metas e punições ainda há pouco o que se fazer , já que esses critérios emperra as discussões, no papel existe a questão de se caso a meta não seja cumprida neste período, no próximo haveria um acréscimo de 30%, porém corre-se o risco dessa dívida ser sempre postergada. Por isso, uma das saídas poderá ser a pressão, principalmente ligada ao consumo.

           Já o economista America Warwick McKibbin, como não poderia ser diferente, fala sobre o erro de se tentar prever o futuro em 100 anos. Cita por exemplo os parâmetros para essa projeção, como a estrutura da economia, mudanças tecnológicas, mudanças econômicas e mudanças na educação. Faz críticas a convergência desses dados a partir de 2020, alega que os EUA perderão 0,5% do seu PIB, alega que o problema ainda é pequeno e, portanto sairá muito caro e que deixando o problema aumentar bastante, certamente sairá mais barato combater, além de não saber quanto custará realmente esse protocolo.

Ele cita em cima do próprio protocolo as suas soluções adaptadas.

• Sistemas abrangentes

• Sistema que possa ser implementado

• Sistema considerando a equidade

• Sistema eficiente

• Sistema flexível

• Sistema de baixo custo

• Só um ente se apropria do direito do carbono

Cita também as Alternativas da McKibbin-Wilcoxen

• Um sistema que começa nos países causadores

• Sistema que não se baseia em ameaças e sanções

• Metas econômicas de longo prazo para o carbono

• Custo de curto prazo vinculado a benefício ambiental

• Criação de mercados de curto e longo prazo.

          Deixa claro que o protocolo não funcionou porque os EUA não estão inseridos e que os países em desenvolvimento devem adotar mecanismo de preservação.

Consequências do Aquecimento global

 RELATÓRIO SOBRE O VÍDEO INVENÇÃO DO CONTEMPORÂNEO


          Segundo o vídeo “Invenção do Contemporâneo” que nos foi apresentado em sala de aula, foi após a Segunda Grande Guerra Mundial que houve um grande aumento de emissão de gases poluentes na atmosfera. Historicamente este fato serviu para o desenvolvimento industrial de forma rápida e contínua, e com a participação ativa humana.

          Foi relatado que o efeito estufa é necessário, porém em proporções menores e, portanto administráveis. Mesmo que não houvesse tanta poluição a temperatura média ambiental continuaria aumentando em 1.5° em 30 anos.

          Foi-nos passado nos exemplos de extremos climáticos, que é o vapor d’água que transporta as radiações da superfície terrestre para a atmosfera. Também que é a temperatura d’água oceânica associada com os ventos que formam furacões, como o recente Furacão Catarina. As mudanças climáticas abruptas são os grandes vilões, fazendo com que o oceano suba 2 mm por ano, por exemplo se a Groelândia com o aquecimento global derreter por completa o oceano subiria 6m, se somado com o continente Antártico, subiria 7m, atingindo 40 milhões de pessoas diretamente.

          Um dos setores econômico que mais se preocupa com as mudanças climáticas e o Setor de Seguros e que o desmatamento representa 75% da agressão ambiental

          O Brasil por ser subdesenvolvido, pelo seu tamanho e pela distribuição da população em áreas de risco, está vulnerável em relação a; saúde humana, enchentes urbanas, desmatamentos e secas, fazendo com que a aptidão agrícola mude conforme o tempo e não às necessidades humanas.

          Quanto às ações nos países desenvolvidos, a solução paliativa é custeada a grande soma de dinheiro, enquanto nos países subdesenvolvidos, a realidade é outra, justamente pela falta de dinheiro. Mas estabelecendo políticas para a vulnerabilidade, planejamento estratégico, redução da emissão de gases e redução do desmatamento, poderemos fazer muito mais pelo nosso planeta terra.

sábado, 21 de agosto de 2010

Música "Saga da Amazônia"

Composição: Vital Farias


Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta

mata verde, céu azul, a mais imensa floresta

no fundo d'água as Iaras, caboclo lendas e mágoas

e os rios puxando as águas

Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores

os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores

sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir

era: fauna, flora, frutos e flores

Toda mata tem caipora para a mata vigiar

veio caipora de fora para a mata definhar

e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira

e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira

Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar

prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:

se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar

eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá

O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar

e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar?

depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar

igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar

Mas o dragão continua a floresta devorar

e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar???

corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá

tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura

No lugar que havia mata, hoje há perseguição

grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão

castanheiro, seringueiro já viraram até peão

afora os que já morreram como ave-de-arribação

Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova

gente enterrada no chão:

Pos mataram índio que matou grileiro que matou posseiro

disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro

roubou seu lugar

Foi então que um violeiro chegando na região

ficou tão penalizado que escreveu essa canção

e talvez, desesperado com tanta devastação

pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção

com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa

dentro do seu coração

Aqui termina essa história para gente de valor

prá gente que tem memória, muita crença, muito amor

prá defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta

era uma vez uma floresta na Linha do Equador...



http://letras.terra.com.br/vital-farias/380162/     acessado em 20/08/2010

Conheça Vital Farias

          Nasceu em 1943, em Taperoá (PB), é o caçula de 14 irmãos. Aos 18 anos, apesar da tradição musical da família, começou a estudar violão sozinho. Participou de diversos conjuntos musicais, entre os quais "Os quatro loucos", que apresentava imitações de músicas do conjunto de rock inglês "The Beatles". Pouco depois passou a dar aula de violão e teoria musical no Conservatório de Música de João Pessoa.
          Em 1975 mudou-se para o Rio de Janeiro, e no ano seguinte foi aprovado no vestibular para a Faculdade de Música.

          No Rio de Janeiro começou a participar de shows e outros eventos artísticos, como a peça “Gota d’água” (1976), de Chico Buarque de Hollanda, atuando como músico.

          Sua primeira composição gravada foi "Ê mãe", em parceria com Livardo Alves e gravada por Ari Toledo.

          Em 1978 gravou o seu primeiro disco. Dois anos depois saía “Taperoá”, seu segundo disco.

         Em 1982 lançou o LP "Sagas brasileiras". Em 1984 lançou, pela Kuarup, o CD Cantoria I, com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai.

         Em 1985 lançou o LP "Do jeito natural", uma coletânea com seus maiores sucessos. No mesmo ano participou do álbum Cantoria II, com os mesmos integrantes do CD anterior.

         Depois disso resolveu parar de gravar por um tempo e passou a se dedicar aos estudos. Suas composições destacam-se pelo humor e inventividade, onde se mesclam canções nordestinas, sambas de breque, modinhas, xaxados e outros ritmos.

          Em 2002 produziu o disco de estréia de sua filha e cantora Giovanna, no qual estão presentes 15 composições de sua autoria. No mesmo ano lançou o disco "Vital Farias ao vivo e aos mortos vivos". Recebeu, ainda no mesmo período, o título de Cidadão do Rio de Janeiro.

http://www.tiploc.com.br/nossaterra.html      acessado em 20/08/2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Conheça Jatobá

Augusto Jatobá

          Exímio desenhista recebeu das mãos de Assis Chateaubriand o prêmio de Pintura do Museu Regional de Feira de Santana. Em Salvador, cursou a Faculdade de Belas Artes. Em 1969 entrava na Faculdade de Arquitetura, de onde se transferiu em 1972 para o Rio de Janeiro. Em 1976 conheceu o parceiro Xangai, dando assim o impulso inicial para as realizações dos projetos musicais.
          Logo teve sua primeira música – Buraco Fundo – gravada por Oneida, cantora da RCA-Victor. Logo em seguida o cantor Mão Branca gravava o grande sucesso Matança. Em 1979 fundou o Estúdio de Invenções, uma produtora que entregava o disco pronto ao artista.
          Em 1980 produziu o LP Xangai – Que Qui Tu Tem Canário – que teve prêmio da Associação de Produtores além de ser um dos poucos discos independentes a ter apresentação no Fantástico da Rede Globo, com a música Matança.
          Augusto Jatobá tem, hoje, 1300 músicas compostas e 64 gravadas. Jatobá vem conduzindo a MPB do interior do Brasil, juntamente com seus parceiros Xangai, Elomar e Hélio Contreiras, no sentido de preservar as bases culturais da boa música.

http://poeiraecantos2.blogspot.com/search/label/augusto%20jatoba%2Fba   acessado em 20/08/2010

Conheça Xangai

          Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai. Nasceu no município de Itapebi, no extremo sul da Bahia.

         Filho e neto de sanfoneiro, ainda aos 18 anos fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial da Conquista, atualmente Vitória da Conquista.

         Viveu em Vitória da Conquista, na Bahia, de onde recebeu a influência que o tornou um cantor sertanejo.

          Seu pai era proprietário de uma sorveteria chamada Xangai na cidade de Nanuque, daí se originando o seu apelido e atual nome artístico.

          No ano de 1976, gravou o seu primeiro disco, "Acontecivento", com destaque para as músicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou.

          Apresenta na Rádio Educadora da Bahia o programa "Brasilerança", através do qual contribui para a divulgação da cultura musical da região nordestina brasileira.

          É considerado como o melhor intérprete de Elomar, propiciando inclusive a facilitação do entendimento das composições deste compositor classificado como erudito por muitos.

         Participou com o cantor Waldick Soriano dos últimos shows da carreira deste antigo nome da chamada música brega brasileira, inclusive na cidade natal de Waldick, Caetité, em 26 de maio de 2007.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Xangai_(m%C3%BAsico)   Acessado em 20/08/2010

Música "Matança"



Xangai
Intr.: G C G C G


G                             C              G
Cipó caboclo tá subindo na virola

                              C                  D
chegou a hora do pinheiro balançar

                  A                        G
Sentir o cheiro do mato da imburana

            A                   G              C               G   D
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda

                G             C                     G
De nada vale tanto esforço do meu canto

                      C                                       D
Prá nosso espanto tanta mata ah já vão matar

                      A                             G
Tal Mata Atlântica e a próxima Amazônia

A                    G                 C          G   D
Arvoredos seculares impossível replantar

                 G              C                G
Que triste sina teve Cedro nosso primo

                C                                   D
Desde menino que nem gosto de falar

                   A                               G
Depois de tanto sofrimento seu destino

            A                G         A                    G  D
Virou tamborete, mesa, cadeira, balcão de bar

                  G                 C               G
Quem por acaso ouviu falar da Sucupira

                                  C              D
Parece até mentira que o Jacarandá

           A            G
Antes de virar poltrona, porta, armário

             A            G          C              G
Moro no dicionário vida eterna milenar

                    D   A       C      G
Quem hoje é vivo corre perigo

          D              C                          D
E os inimigos do verde da sombra o ar

                    A      C      G
Que se respira e a clorofila

                   D          C                   D
Da mata virgem destruída vão lembrar

C                                  G   C                      G
Que quando chegar a hora é certo que não demora

C                                 A                            D
Não chame Nossa Senhora só quem pode nos salvar

                     G            A            G            A
ÉÉÉ...., Caviuna, Cerejeira, Baraúna, Imbuia, Pau-d´aco,

G                 C         G  D
Solva, Juazeiro e Jatobá

              G                A         G              A              G
Gonçalo Alves, Paraíba, Itaúba, Louro, Ipê, Paracaúba,

       C                   G    D
Peroba, Maçaranaduba

                    D            A              G              A       G          C           G    D
Carvalho, Mogno, Canela, Imbuzeiro, Catuaba, Janúba, Aroeira, Araribá

G                   G                 A           G              A              G              C                 G
Pau-ferro, Anjico, Amargoso, Gameleira, Andiroba, Copaíba, Pau-Brasil, Jequitibá

( Repitir do início e cantar o Final )


                       D  A                 C     G
Quem hoje é vivo, corre periiiiiguuuu ( Final )



http://www.cifraclub.com.br/xangai/matanca/      Acessado em 18/08/2010

ICID+18

2 ª Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid 2010)

         O evento foi realizado em Fortaleza de 16 a 20 de agosto, no Centro de Convenções do Ceará depois de 18 anos, daí a designação ICID+18, e antecede a Rio+20. Esta conferência tem como metas rever conceitos, inserir novas diretrizes, e conta com a participação de políticos, técnicos, pesquisadores e a sociedade em geral, em um pacto de combate a desertificação, antes que percamos o nosso patrimônio natural.

1ª Conferência

         A primeira Conferência Internacional aconteceu em 1992, também em Fortaleza. Neste encontro cerca de 1.200 participantes de 45 países fizeram-se presente. Foi um evento preparatório para a Rio 92, fornecendo dados informativos e científicos sobre as regiões semiáridas. Este evento foi de suma importância para a criação da Declaração de Fortaleza com recomendações de políticas públicas para o meio ambiente, principalmente o semiárido. Esta edição também serviu como base para a criação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), além desta, neste intervalo de 18 anos foram criadas; a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), o Protocolo de Kyoto e a Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (UNCBD).

          Neste evento será discutido o combate ao desmatamento, a fiscalização e as atividades sustentáveis. Todas essas medidas têm como propósito o controle da desertificação, pois sem práticas sustentáveis perdemos a cada ano milhares de hectares de terras cultivadas, o que significa menos espaço para o plantio e futuramente menos alimento.

          Portanto, embora discutido longe de quem realmente viva o dia-a-dia do semiárido, este acontecimento é de suma importância para o planeta. É sabido que milhões de pessoas vivem e sobrevivem nestas áreas secas, a maioria, apesar das dificuldades, não pensa em deixar esta região. Mas, por falta educação ambiental agridem o meio em que vivem com atividades inapropriadas, sem esquecer é claro, os latifundiários. Será preciso fazer com que o que for decidido nas grandes cidades, chegue ao interior, às pessoas mais humildes e principalmente para as crianças, pois em matéria de cultura ambiental e mais fácil inserir essa cultura nas crianças do que mudar a cultura dos mais velhos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

NOVO CURSO FDR: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CURSO À DISTÂNCIA
A Fundação Democrito Rocha está com inscrições aberta para o Curso
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Possui Certificação de Extensão Universitária;
Carga Horária de 160 horas.
Serão 11 fascículos, no Jornal O Povo.
Além de vídeoaulas, rádioaulas e linha 0800.
1° fascículo, dia 30/08/2010.

Fazer inscrição: http://www.fdr.com.br/mudancasclimaticas/

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Carta da Terra.

É um esforço global para a construção de uma sociedade justa, sustentável e pacífica. Procura compartilhar uma responsabilidade global, visando o bem-estar da humanidade e clamando por ações no século XXI. Ela coloca em evidência a proteção da natureza, distribuição de renda, direitos humanos, entre outros mais.

Este documento levou quase uma década para ficar pronto, começou na ONU (Organizações das Nações Unidas), mas foi a sociedade civil global que deu corpo e finalizou a carta, e no ano de 2000 foi divulgada.

A Carta da Terra como dito antes não é de um só país, ela envolveu a participação de mais de 4.500 organizações públicas e privadas, tanto nacionais como internacionais.

A Carta da Terra está estruturada em quatro grandes princípios interdependentes e visam a um modo de vida sustentável como padrão comum

• Respeitar e cuidar da comunidade de vida

• Integridade ecológica

• Justiça social e econômica

• Democracia, não-violência e paz

A Carta da Terra nos convida para agirmos.





O texto da Carta da Terra

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

TERRA, NOSSO LAR

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A SITUAÇÃO GLOBAL

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

DESAFIOS FUTUROS

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.

RESPONSABILIDADE UNIVERSAL

Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

a. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.

b. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a

maior responsabilidade de promover o bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.

b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.

a. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.

b. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.

d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que

causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses

organismos prejudiciais.

e. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.

f. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

a. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.

b. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.

c. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.

d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.

b. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.

c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias

ambientais seguras.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.

e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.

a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.

b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.

c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.

b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.

c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.

b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.

c. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais

atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas

conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.

b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da

família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.

b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.

c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu

papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

a. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.

b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.

c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.

d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.

e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.

f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

a. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.

c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.

d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.

b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.

c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.

e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.

f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.

Normose: “A patologia da normalidade”

          O termo Normose foi criado para designar as pessoas que por comodidade ou por inércia do pensamento, seguem um padrão pré-estabelecido, sem se valer da dúvida e do questionamento. Desta forma consideram-se aceitos por todos os grupos. Sendo assim sua capacidade de raciocínio é terceirizada, levando-o a não participar realmente de sua vida.

          O normal faz parte do contrato estabelecido pela sociedade no seu Controle Social “Conjunto de meios ou dispositivos utilizados pela sociedade e pelos grupos sociais para manter seus membros em conformidade com os padrões de comportamentos aceitos.”

          Como ser normal está presente em toda a nossa vida, ter normose, é agirmos normalmente mesmo sabendo que seremos prejudicados, pois essa ação jamais trará benefício algum para a nossa evolução.

          A normose é fruto de paradigmas, muitos deles bem distantes da nossa realidade, mas para não sermos anormais, acabamos aceitando como algo importante e necessário à nossa vida, ou até mesmo sem importância alguma, o comodismo do “tanto faz como tanto fez”. Esta é uma formula universal de fugirmos do debate e do embate.

sábado, 7 de agosto de 2010

CAATINGA; A NOSSA “AMAZÔNIA”

Quando se fala em preservação de floresta ou mata, lembramos logo da Amazônia. Mas sim, nós também temos o que proteger.


          A caatinga é uma mata única e exclusivamente brasileira. Está presente em todo o Nordeste e numa pequena parte do norte de Minas Gerais, ocupando uma área de aproximadamente 844.453km², o que representa 9,92% do território brasileiro. O nome Caatinga é indígena e significa Mata Branca.

          Por possuir um clima semi-árido, não significa a inexistência de vida silvestre, porém ainda existe essa idéia errônea sobre esse ecossistema. A caatinga difere em muito dos demais biomas por ser dividida em apenas duas partes: parte das chuvas e parte da seca. Nesta, a imagem é cinza, triste, turva devido o calor e melancólica, até a sombra desaparece, caracterizando essa idéia de um lugar sem vida. Naquela, ao cair das primeiras chuvas, logo brota o verde, os pássaros cantam, o cheiro da mata invade os caminhos dos agricultores, e a vida que sempre esteve ali, resguardada do calor intenso, surge de forma magnífica.


          Essa vegetação tem características xerofíticas – com formações vegetais secas e espinhosas, além de gramíneas, arbustos, cactos e árvores de porte baixo ou médio, sendo que algumas chegam a atingir até 12 metros de alturas. Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas.


          Economicamente a caatinga é pouco estudada, pois embora cerca de 27 milhões de pessoas vivam nesta área, o seu poder aquisitivo é muito baixo e essa cultura é de difícil disseminação, indo de encontro com a industrialização. A forragem é muito utilizada no sertão para a alimentação dos animais, usam espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a catingueira rasteira, a canafístula, o mororó e o juazeiro. Entre as de potencialidade frutífera, destacam-se o umbú, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri, além de espécies medicinais, como a aroeira, a braúna, o quatro-patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó e outras mais.

          A fauna é bastante rica para o semi-árido, com a existência de cerca de 40 espécies de lagartos, 07 espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies de animais vertebrados, e sabemos que ainda há muito o que pesquisar, pois ainda é uma área  de pouco interesse  para os pesquisadores.


Degradação Ambiental

          Sem esse conhecimento e principalmente conscientização, o homem do campo com o seu secular manejo de preparação para o plantio e pastagens, utiliza-se de queimadas, extinguindo naquele local toda uma população silvestre.

          O extrativista ainda é a única forma de exploração pela população local. Acredita-se que mais de 70% da caatinga já foi alterada pelo homem, e uma pouquíssima área encontra-se protegida em unidades de conservação.

          Estima-se que por ano essa degradação afete uma área de vegetação equivalente aos Estados do Maranhão e do Rio de Janeiro, juntos. Essa degradação em área é equivalente a degradação amazônica, porém aquela possui uma área cinco vezes maior.

          O resultado de tudo isso não poderia ser outro; espécies ameaçadas de extinção. Espécies como a aroeira e o umbuzeiro, já se encontram protegidas pela legislação florestal para que não virem fontes de energia, como carvão e lenha.

          Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os herbívoros de porte médio (veado-catingueiro e capivara), as aves (ararinha azul, pombas de arribação) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e queimadas que destroem o seu habitat natural.

          A nossa caatinga por ser unicamente brasileira e quase que exclusivamente nordestina, pois apenas uma pequena extensão fica localizada no norte de Minas Gerais, precisa ser estudada ambientalmente, economicamente e socialmente, sempre buscando a sua preservação.
    
          A caatinga existe a séculos e as suas formas existentes, são de preservação natural, vemos isto nas folhas secas que duram todo um verão e a presença de espinhos nos caules e folhas das plantas para afugentar os predadores, além da cor predominante dos animais que se confudem com a cor da mata. O homem sertanejo não difere dessa metodologia, aprendeu com a natureza a viver no inverno pensando no verão e vice-versa. Segundo dados do IBGE cerca de 27 milhões de pessoas vivem nesta área, pessoas que apesar das dificuldades, praticamente ignoradas pelo restante do país e sem conhecimento ciêntífico, conseguem sobreviver a esse clima quente e perverso.